quarta-feira, 28 de junho de 2017

Via da Estrela - Dia 1

Cáceres - Estorninos
Distância percorrida: 81,5 km

Usei um track que trazia de casa para navegar dentro da cidade de Cáceres até ao local de partida da Via da Estrela. Foi por volta das 9H espanholas que cheguei à Plaza Mayor e mais concretamente ao Arco de la Estrella. Este arco de pedra é tido como o inicio desta via de peregrinação e acredita-se que deve o seu nome à serra da Estrela.

Arco de la Estrella
Dentro da cidade usei o track que havia feito em casa até chegar ao início de um outro track que havia encontrado no wikiloc do usuario paquino. Numa ou outra rua de sentido unico tive de desmontar e caminhar pelas ruelas estreitas.
ciudad vieja de Cáceres é património mundial da UNESCO desde 1986 e havendo tempo merece uma visita mais demorada. Não era o meu caso pois havia muito que pedalar neste dia!
À saída de Cáceres tomei o corredor Cáceres-Badajoz que se encontra marcado com a sinalização dos caminos naturales.


Sigo por estradas de terra em bom estado e bastante largas. A paisagem é muito semelhante às planícies e montado alentejano. Apesar de seguir por zonas agrícolas não encontrei nenhum portão a obstruir a passagem, nem cães a virem no meu encalço. O vento forte que se fazia sentir foi a única dificuldade que tive nesta manhã.


Em alguns pontos tive de furar caminho por entre grupos de vacas e cavalos.
A seguir a Malpartida de Cáceres encontro as primeiras setas amarelas de sinalização. Com muita pena minha não me apercebi da passagem junto ao monumento natural Los Barruecos. Por esquecimento não levava um waypoint com a localização exacta. Depois sigo por estrada de terra paralela à N-521 que usara na véspera.


Arroyo de la Luz foi a próxima povoação por onde passei. Abasteci de comida numa estação de serviço. Começou a chover miudinho o que me fez parar e abrigar durante alguns minutos (não levava qualquer proteção para chuva).
Ainda nesta localidade passo por um monumento a assinalar a passagem dos Caminos a Guadalupe.


Da parte da tarde já tive de abrir algumas cancelas, levantando a tranca ou puxando um trinco. Alguns tinham setas amarelas para assegurar a continuação do Caminho por ali. Avistei também um rebanho de veados que se pôs em fuga para outras pastagens.


Brozas e Villa del Rey seguiram-se no meu itinerário. Segundo li, em Brozas existe um antigo hospital de peregrinos. Em Villa del Rey passei pela igreja de Santiago el Mayor, dedicada ao apóstolo. É visivel o símbolo da vieira sobre a porta.

Igreja de Santiago el Mayor
Continuei rumo a Alcântara, onde lanchei num café. Nesta vila encontrei sinalização do Camino Natural del Tajo GR-113, bem como de outros senderos de pequena rota. 


A saída da povoação foi por uma estrada de elevado declive até baixar à monumental ponte romana de Alcântara, ex-libris deste Caminho de Santiago.

Ponte romana de Alcântara
Para montante desta ponte avista-se a barragem José María de Oriol-Alcántara II


Num dos lados da ponte existe uma zona de lazer com fonte e um templo romano com painéis descritivos. Existem tembém senderos PR de ambos os lados da ponte que seguem por trilhos nas margens do rio Tejo. Depois de passar a ponte segui por um destes senderos sinalizados pela esquerda. As paisagens eram fabulosas.

Rio Tejo
Segui por trilhos antigos e estreitos, levando a bicicleta à mão. Neste primeiro dia iria até perto de Estorninos.


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