quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Grande Rota do Zêzere - Continuação

Vou continuar em busca da GRZ não de bicicleta, mas a pé. Sigam a minha continuação da Grande Rota do Zêzere no meu blog de caminhadas As Minhas Rotas

sábado, 1 de novembro de 2014

Grande Rota do Zêzere - dia 7

Durante o dia de hoje planeava ir só até à aldeia de xisto de Álvaro. A manhã decorreu dentro do esperado sem qualquer incidente.

Meandros do Zêzere

À semelhança do dia anterior andei alguns troços acima dos 500m mas hoje não tive dificuldades com a sinalização.

Aldeia de xisto de Álvaro
Terminou aqui a primeira parte desta Grande Rota do Zêzere. Agora vou fazer uma pausa e espero voltar para percorrer o que falta logo que me seja possível. Até breve.


Grande Rota do Zêzere

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Grande Rota do Zêzere - dia 6

Tomei o pequeno-almoço no bar do mercado em Pedrógão Pequeno. De seguida subi a via sacra até ao santuário da Srª da Confiança.


Deste planalto tem-se uma vista abrangente sobre a albufeira do Cabril e sobre a vila de Pedrógão Grande.


Também é aqui que se situa o Hotel da Montanha, uma opção de alojamento a considerar.
Depois veio uma descida até à barragem com passagem pela antiga pedreira que se usou para a sua construção. Temos a opção de ir até à estação intermodal de Vale de Góis ou continuar em direcção à Madeirã. Foi esta a minha opção. Faz falta alguma manutenção dos trilhos antes de Casal dos Bufos. Ele eram pinheiros tombados sobre a estrada, ele era mato rasteiro, ele era vegetação invasora. Nota-se que já não passava aqui uma viatura à bastante tempo. A seguir a Casal dos Bufos a mesma situação. Era bom que no futuro não fosse preciso ir de catana para o trilho. Talvez seja um exagero, mas as minhas pernas é que se ressentiram dos espinhos.


Em Vilar do Meio hà falta de sinalização (ou então está bem escondida!). Andei várias vezes na tentativa e erro a explorar as diversas continuações possíveis. Quando por fim aparecia a tão desejada marca era um alívio. Ufa!!! Venha a próxima. 
Antes de chegar à Madeirã o trilho seguia por uma zona de hortas com moitas a toda a largura do trilho. Preferi não arriscar furar um pneu e após consultar o GPS continuei pelo caminho florestal que ia dar à EN350 e depois foi um pulo até chegar à Madeirã, onde sabia que a GRZ passava.
Aqui a sinalização desiludiu-me sendo algo confusa e até inexistente. Andei algum tempo a fazer piscinas rua acima, rua abaixo até dar com o raio das marcas. Creio que com a fixação dos painéis informativos a situação vai melhorar.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Grande Rota do Zêzere - dia 5

O dia começou com a descida para uma ponte de madeira que atravessa uma ribeira, um pouco antes de chegar ao IC8. Tive que fazer o que não gosto, que foi desmontar alforges e descer à vez, ora com a bike, ora com a bagagem. O trilho era uma sucessão de pedras encosta abaixo e em zigue-zague. Mas valeu a pena já que a recompensa foi passar uma ponte suspensa, tipo a do filme do Indiana Jones e uma ribeira não menos bonita.

Última ribeira antes de chegar a Pedrógão

Vencida a ribeira, continuei a viagem com a bagagem à parte, pois tive de fazer uma série de rampas de elevado declive mas ciente de que as agruras iam acabar aí. O percurso da GR até Pedrógão Grande já eu conhecia de outras andanças e era todo ele feito por estrada.

Chegando à ponte do IC8

Depois de passar por baixo da ponte do IC8 continuei a descida até à ponte Filipina para depois encetar uma longa subida até à aldeia de xisto de Pedrógão Pequeno.

Ponte Filipina

Aproveitei a proximidade a um centro urbano e tirei o restante do dia para descansar. Fiquei alojado no parque de campismo de Pedrógão Grande, bem perto da barragem do Cabril, por cuja estrada passei. Tive a primeira refeição digna desse nome desde que comecei a viagem numa churrasqueira em Pedrógão Grande e fui fazer compras para o dia seguinte. Lavei a roupa e os alforges e fui a uma estação de serviço dar ar às câmaras.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Grande Rota do Zêzere - dia 4

Saí de Dornes com o céu envolto em névoa matinal, pelos vistos comum nestas zonas de rio. A manhã foi toda ela em estradas cicláveis, ora à beira rio, ora em estradões florestais. Em Vale Bom, o trilho proporcionou-me andar bem junto às águas e ao nível destas, coisa rara até então. Existe aí uma estação intermodal com bancos e mesa. Obrigatório parar aí e apreciar as paisagens.


Depois de subir de cota, segui por uma estrada panorâmica larga. Parecia que os caminhos estreitos tinham ficado para trás e a minha próxima paragem foi uma agradável surpresa, pois ainda não conhecia esta aldeia. Tratava-se de Foz de Alge. Tem um parque de campismo logo à entrada que constitui uma boa opção de alojamento. Só não fiquei lá porque estávamos a meio do dia e ainda queria fazer mais quilómetros. É muito agradável fazer o percurso que segue ao longo da estrada e nos mostra o Zêzere de um lado e a aldeia no outro. Parei a bicicleta aqui e fui abastecer ao café Baião.

Paragem para comer em Foz de Alge


Este dia marcou a minha transição da albufeira de Castelo de Bode para a albubeira da Bouçã. Como a estrada que vai até à barragem não tem continuação, a rota teve de fazer um desvio e subir uma serra até aos 285m para depois voltar a descer até à margem, já do outro lado da barragem. Tudo seguindo as marcas brancas e vermelhas, claro.

Ponte e barragem da Bouçã

A partir daqui viajei sempre por estradas florestais na margem esquerda da albufeira da Bouçã. Pena estes estradões de terra e cascalho já estarem a ser invadidos por variada vegetação, sendo as mais perigosas as silvas e as moitas com espinhos. Nada que uma manutenção e uma roçadora de mato não resolvam.
Nesta zona fui encontrar o PR8 de Pedrógão Grande - Marginal da Bouçã, percurso que já havia feito a pé não há muito tempo atrás. Um must para os amantes do pedestrianismo. Passa na estação intermodal da Bouçã que até tem uma zona para churrasco.

Estação intermodal da Bouçã

O próximo objectivo era chegar a Pedógão Grande, o que não alcancei neste dia.




terça-feira, 28 de outubro de 2014

Grande Rota do Zêzere - dia 3

Comecei a pedalar como habitualmente por volta das 8H. Foi mais um dia com belíssimas paisagens, mas em que tive alguns contratempos. A seguir a Alcamim segui por caminhos ancestrais e empurrei ladeira acima até chegar à estrada de asfalto.


Nos trilhos havia muitas silvas e moitas com espinhos. Levantava a bicicleta para não os pisar, mas nem sempre era possível. Por volta do meio-dia tive um furo na roda de trás, o que resolvi com a mudança de câmara de ar. Muito provavelmente deveu-se aos espinhos.
Neste dia passei por várias localidades ribeirinhas bem interessantes tais como: Zaboeira, Fernandaires, Moinhos da Ribeira, Foz da Sertã e Dornes, onde viria a terminar a etapa. 


Também passei por várias pontes, como a ponte Romana na ribeira da Isna.


Continuava a ter dias de bom tempo, ora com sol, ora com nuvens. Ao passar em Vale Serrão a meio da tarde, parei num café para abastecer o estômago e onde fiquei à conversa uma meia hora. Curioso como nem toda a gente sabe o significado dos postes de marcação, mesmo estando à porta de suas casas. 


De Vale Serrão até Dornes foi sempre por estrada asfaltada. Conhecedor desta terra, fui deixar a bicicleta na zona entre a igreja e o cemitério. Depois fui novamente comer a um café desta aldeia que entra pelo rio adentro.

Dornes aproximava-se

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Grande Rota do Zêzere - dia 2

O dia começou com bom tempo e eu com vontade de fazer mais kms da Grande Rota. No entanto, as dificuldades começaram cedo, com a descida para a aldeia de Rabaçal a fazer-se ao longo de uma levada agrícola bem estreita.

Seguindo pela levada

O próximo objectivo a alcançar era o Penedo Furado, local que havia conhecido umas semanas atrás quando fiz 2 percursos pedestres de Vila de Rei: um que acaba lá e outro que começa. As descidas para lá chegar eram ingremes e pedregosas e como não tenho uma bicicleta de down-hill, desmontei e levei à mão, contudo sempre a travar e a evitar as crateras abertas pela chuva. Às 10H45 chegava a este afamado local de inegável beleza.

Chegada ao Penedo Furado
Sabia de antemão que não ia poder passar com os alforges montados, pois as passagens que construiram nas rochas com os gradeamentos de segurança são bastante estreitas. Alforges fora e lá avançámos à vez, ora a bicicleta, ora as bagagens. Também devido aos muitos lances de escadas se tornava imperioso que a bicicleta tivesse a menor carga possível.

Cascatas no Penedo Furado

Várias cascatas vertem as suas águas neste braço do Zêzere. Muita atenção onde pomos os pés. Estava sozinho na altura e queria que corresse tudo bem. Meia hora depois estava vencido o Penedo Furado, mas nem por isso montei logo, pois o trilho continuou por um carreiro estreito já a ser invadido por vegetação lateral.
A seguir a aldeia de Cabecinha tive um engano e andei 200m até chegar ao final de um caminho sem saída. Voltei atrás e lá estava a marca que me tinha escapado, bem escondida atrás dum arbusto.
Até chegar a Aveleira fui presenteado com uma magnífica estrada panorâmica sobre a albufeira de Castelo de Bode. É nestes troços que a vantagem de estar com a bike é mais notória. Pode-se papar 30km num par de horas.

Seguindo pela estrada marginal

Passei por várias conheiras que são depósitos de pedras resultantes da exploração do ouro nas ribeiras, desde o tempo dos Romanos. Vila de Rei é dos concelhos onde mais se encontram. Existe até uma Rota das Conheiras com início no Penedo Furado e final na aldeia de xisto de Água Formosa (ou vice-versa) .
A seguir à aldeia de Trutas, na descida para a ponte sobre uma ribeira que vem de Vila de Rei tive sensações magníficas com vistas de arrebatar. Fez-me lembrar de quando fiz o trilho dos aztecas na Serra da Freita, uns anos antes.


São achados como esta pequena ponte de presépio escondida num vale que me fazem querer conhecer cada vez mais o Portugal profundo. Outrora usada talvez por pastores, hoje com uso turístico apenas.

Ponte de conto de fadas

Durante o que me restou de claridade ainda deu para fazer mais uma estrada panorâmica marginal à albufeira. Tive oportunidade de admirar o Lago Azul e o barco São Cristóvão e o aldeamento das Varandas do Lago.

O Lago Azul e o barco São Cristóvão



domingo, 26 de outubro de 2014

Grande rota do Zêzere - dia 1

Desloquei-me para o local de inicio da Grande Rota do Zêzere, Constância, de comboio regional da linha da Beira-Baixa. Fiz-me transportar com a bicicleta montada sem qualquer custo adicional. Viajei na última carruagem, onde há uma zona para prender a bicicleta. Foi a primeira vez que fiz isto. Era Domingo e tive a carruagem só para mim quase todo o trajeto. A saída foi na estação de Praia do Ribatejo-Constância. Trazia de casa estudado que estrada tomar para ir até Constância. Lá chegado, só me faltava achar o inicio da rota e pôr-me ao caminho, rio acima. Mas não foi assim tão fácil, pois em Constância passa outra grande rota fluvial: o Caminho do Tejo, também assinalado com os habituais traços brancos e vermelhos horizontais. Ainda andei alguns metros na rota errada, quando me dei conta que estava a ir rio Tejo acima. Voltei para trás e lá dei com umas placas que me escaparam da 1ª vez. Era ali que ia começar a aventura, às 12H30. A que mais me chamou a atenção foi: "Serra da Estrela - Covão d´Ametade: 370kms"

O início da Grande Rota do Zêzere


Os primeiros kms correram segundo o que eu esperava que uma rota como esta fosse: um misto de caminhos na margem, caminhos de acesso a propriedades agrícolas, estradões florestais, estradas rurais em terra batida e em asfalto. E também rampas e descidas acentuadas, o que me levou a desmontar. Mas não me importei; sabia que vinha para uma rota pedestre. Também deu para perceber que iria vislumbrar paisagens e cenários naturais fantásticos. A albufeira do Castelo de Bode com os seus muitos braços de rio forma uma puzle peculiar e complexo.

Um braço da albufeira de Castelo de Bode

Neste 1º dia vi algumas estações intermodais, onde numa delas tomei um lanche. Parece-me que o mobiliário está concluido. Falta só instalar os painéis informativos nos leitores de paisagem.

Uma estação intermodal

Na aldeia de Bioucas, passei por carreiros estreitos e só havia espaço para um: ou eu ou a bike. Por isso fui para a frente puxar.
Para 1º dia não esperava fazer muitos kms. Foi mais para me ambientar e ver as condições no terreno. Assistir ao pôr do sol fez valer a pena ter vindo até aqui.




sábado, 25 de outubro de 2014

Grande Rota do Zêzere

Praticamente desde o início que andava de olho nesta Grande Rota. Lembro-me que a primeira vez que li (ou vi, não sei precisar) que ia estar disponível a todos e aberta ia ser em 2012. Em 2013 disseram que ia ser inaugurada antes do Verão. Estamos em 2014 e já vi escrito algures que iria finalmente ser inaugurada antes do final do ano, se calhar até antes das primeiras chuvas. Como estamos em Portugal, isto "obriga-me" a desconfiar que vou ter de esperar para 2015 para a conclusão da dita cuja.
Pelo que já tinha visto no terreno, aquando da realização de alguns percursos pedestres nos concelhos de Ferreira do Zêzere, Vila de Rei, Sertã e Oleiros sabia que a implementação da sinalização estava em curso e já lhe conhecia a cor e aspecto.
Assim, decidi-me a ir ver até onde é que as marcações me levariam, e caso deixasse de as encontrar sempre tinha o rio para me guiar e um GPS com o mapa TOPO de Portugal.
Para este empreendimento usei a minha bicicleta de BTT com guarda-lamas dianteiro equipada com porta-bagagens e 2 alforges traseiros. Como estávamos em finais de Outubro ia preparado para a chuva com uma tenda impermeável e um conjunto de calças e casaco impermeáveis. A lista de equipamento e acessórios usados foi a seguinte:

Bicicleta: CUBE LTD Pro 2014 29er
Guarda-lamas dianteiro Topeak DeFender M1
Porta-bagagens: Topeak Explorer 29er tubular rack with disc mount
Alforges: Ortlieb back-roller plus
Bolsa porta-objetos: Roswheel bicycle frame pannier
Campismo: tenda Gelert Solo 1 person tent, saco-cama, almofada, esteira de espuma
Roupa: 1 equipamento de ciclismo + 1 calção extra; calças, T-shirt, boné; conjunto impermeável Tenn Outdoors
Acessórios: bomba de ar, câmara de ar, kit reparação de furos, 2 correntes anti-roubo, chaves diversas
Máquina fotográfica: Sony DSC-HX20V
GPS: Garmin Dakota 20
Comida: sandes, bolachas

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Rota das Montanhas de Oleiros

Cheguei à vila de Oleiros de bicicleta vindo de Proença-a-Nova. Optei por não levar alforges. Em vez destes levei uma mochila de trekking. Tencionava pernoitar no campismo de Oleiros e por isso instalei o porta-cargas onde levei a tenda e o colchão. Tinha programado fazer a rota em dois dias. O 1º dia mais curto, desde Oleiros a Álvaro, com passagem por Madeirã. O 2º dia, desde Álvaro ao ponto de partida com passagem pelo Orvalho e Estreito.
A lista de equipamento e acessórios usados foi a seguinte:

Bicicleta: CUBE LTD Pro 2014 29er
Porta-bagagens: Topeak Explorer 29er tubular rack with disc mount
Mochila de trekking Lowe Alpine AirZone Quest 37
Bolsa porta-objetos: Roswheel bicycle frame pannier
Campismo: tenda Berg Outdoor, saco-cama, almofada, esteira de espuma
Acessórios: bomba de ar, câmara de ar, kit reparação de furos, 2 correntes anti-roubo, chaves diversas
Máquina fotográfica: Sony DSC-HX20V
GPS: Garmin Dakota 20
Comida: sandes, bolachas, iogurtes, garrafa de água,

Principais localidades onde passei: Oleiros, Madeirã, Sobral, Álvaro, Cambas, Orvalho, Vilar Barroco, Estreito
Principais Pontos de interesse: aldeia de xisto de Álvaro, praia fluvial de Cambas, meandros do Zêzere, cascata da Fraga da Água d´Alta.
A nivel de percursos pedestres há os caminhos de xisto em Álvaro e a geo-rota do Orvalho. Também pude observar diversa sinalização da Grande Rota do Zêzere (GRZ ou GR-33) e Grande Rota do Moradal-Pangeia (GR-38)
Serras atravessadas: Serra de Alvelos e Serra do Moradal. Serra de Cabeço Rainha na ida e vinda para Oleiros.
Rota das Montanhas - Oleiros

domingo, 7 de setembro de 2014

Incursão às Aldeias de Xisto - dia 4

Antes de partir fiz uma pequena manutenção à bicicleta lubrificando a corrente. Poucos metros depois da aldeia de Cerdeira deparei-me com uma dificuldade: o track que trazia no GPS estava intransitável, até para uma bicicleta. Como datava de 2011, entretanto a vegetação cresceu e deixou de haver estrada. A alternativa que me surgiu foi seguir um trilho do centro de BTT da Lousã, mas também aqui não encontrei a continuação possível por falta de sinalização. Após consulta do GPS, a única solução que tive foi voltar para trás e refazer o percurso para a aldeia de Cerdeira e depois continuar a descer a EN 236 até sair para um estradão florestal à direita, que me iria conduzir de novo ao track programado.

Vista desde a serra da Lousã
A partir daqui foi sempre a subir até aos 1200m do alto do Trevim, com alguns troços a empurrar. Quando chego ao Trevim apanho pela primeira vez chuva. O tempo estava adverso, com nevoeiro e vento. E eu sem o impermeável, que tinha ficado em casa. Também me apercebo que estava sem o parafuso de fixação do porta-cargas no lado esquerdo. Deve ter caído com a trepidação. Optei por chamar o resgate e terminar assim esta minha tentativa de ligar todas as 27 aldeias de xisto. Desta experiência posso tirar algumas conclusões que irei corrigir para uma próxima tentativa. Vou projectar um trajecto só por estrada. Tendo alforges, não se torna prático seguir um percurso em que tenha de levar a bike à mão. Também virei preparado para a chuva e com parafusos sobresselentes. Até uma próxima aventura!


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sábado, 6 de setembro de 2014

Incursão às Aldeias de Xisto - dia 3

Iniciei a jornada às 8H30 com o próximo ponto na minha rota a ser a aldeia de xisto de Ferraria de São João, a cujo centro de BTT cheguei meia hora depois.

Aldeia de xisto de Ferraria de São João
Centro de BTT
Tomei um bom banho (o primeiro) e lavei a roupa que a seguir pus a enxugar numa cerca e acabou na parte superior do porta-cargas. Tomado o pequeno-almoço, fui meter ar no pneu de trás. Às 11H estava de partida rumo a São João do Deserto, por uma estrada florestal panorâmica nas encostas da serra do Espinhal de onde se abrange uma vasta área dos concelhos de Penela e Lousã.

Serra do Espinhal
Lugar de grande beleza e tranquilidade com uma envolvente natural que convida à reflexão e comunhão com os elementos.
São João do deserto
Segui-se uma travessia do parque eólico de Malhadizes. A serra da Lousã estava aí. Sob um sol forte e já sem água, os locais para abastecer escasseavam. Saciei a sede num fio de água que brotava da rocha, numa zona com alguma vegetação. Cheguei a um troço com vegetação lateral, o que me obrigou a desmontar e avançar a pé. Às 14H chegava à aldeia de xisto de Gondramaz.

Aldeia de xisto de Gondramaz
Encostada e presa a bike à entrada da aldeia, procurei pelo restaurante Pátio do Xisto, onde almocei. Trilhos à sombra foram frequentes durante a tarde, assim como os declives. Andei meia hora a empurrar serra acima até aos 880m de altitude. Ao descer para o Talasnal passo por atletas de down-hill em treinos. 16H50 e estou à entrada do Talasnal.

Aldeia de xisto de Talasnal
A seguir ao Talasnal subi para o prémio de montanha de 1ª categoria mas não desmontei, pois a estrada era em asfalto. Foi sofrer até ao fim. Chegado a Vaqueirinho meti pelo trilho do PR4 da Lousã quase sempre com a bike ao lado, só me aventurando a pedalar em certas partes mais largas. Sensivelmente a meio deste percurso pedestre, antes de Catarredor, desci a uma ribeira para abastecer. Restam-me 2 horas de sol, vou tentar chegar ao Candal (4 km). Não foi fácil fazer a subida com a bicicleta carregada para chegar à EN 236. Arrisquei demasiado. Se fosse hoje talvez fizesse de outra forma, como por exemplo desmontar os alforges. A partir daqui foi uma longa descida em asfalto que me soube muito bem. Cheguei a mais uma aldeia de xisto, cujas casas se empoleiram numa encosta: Candal. Parei para tirar a foto da praxe.

Aldeia de xisto de Candal
Sem me demorar continuei pelo asfalto até Cerdeira. Uma melhoria desde a última vez que visitei esta aldeia, em que a estrada de acesso era de terra.

Aldeia de xisto de Cerdeira
Abasteci numa fonte à entrada da aldeia e visitei-a avançando por entre o seu casario de xisto. Às 19H30 dava por terminado o dia ciclo-turístico.








sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Incursão às Aldeias de Xisto - dia 2

Parti cerca das 08H00 seguindo por uma estrada de acesso a um parque eólico, tão comuns nesta região, para depois fazer uma grande descida até Casal dos Bufos, aldeia nas imediações de Pedrógão Pequeno, a segunda aldeia de xisto que iria visitar. Mas antes ainda fiz uma visita à igreja da Srª da Confiança e ao magnífico miradouro sobre a barragem do Cabril e o espelho de água da sua albufeira.

Igreja de Nossa Srª da Confiança
Entrando em Pedrógão Pequeno, aldeia de xisto em que este material não é o predominante para a construção das casas, segui rumo ao rio Zêzere.

Aldeia de xisto de Pedrógão Pequeno
Entrei numa zona muito bela, diria até paradisíaca, com paisagens deslumbrantes do rio Zêzere e sua envolvente. Primeiro desci por uma estrada em ziguezague, atravessei o rio pela ponte Filipina e depois tive que desmontar e seguir empurrando a bike estrada acima até Pedrógão Grande.

Rio Zêzere
Nesta zona existem muitos percursos pedestres sinalizados, que eu em tempos idos percorri a pé. Também por aqui passa a GRZ, com a sua sinalização já implementada mas algumas estruturas de apoio por finalizar.

Zona que faz as delicias dos pedestrianistas
Ao meio-dia fiz uma pausa para comer na aldeia de Carreira, pois tinha à disposição mesa e bancos à sombra. Servi-me de uma sandes que sobrara do dia anterior e de bolachas. No caminho para a aldeia de Altardo encontrei a estrada obstruída com pinheiros cortados. Vendo a minha dificuldade em avançar o madeireiro prontificou-se a ajudar e pegando ele à frente e eu atrás na bike, lá consegui transpor o obstáculo. Às 13H estava a entrar no café "O Minhoto" para almoçar a diária. E que bem que me soube. Os locais para comer não vão no meu guião de viagem e foi uma sorte encontrar este. Às 14H45 refugiei-me do sol no jardim público de Figueiró dos Vinhos e acabei a digestão. Mais adiante passei por uma bonita aldeia recuperada com as casas em pedra, não sem antes ter invadido a propriedade privada de um morador, o qual estando presente me deu indicações de como continuar.

Aldeia recuperada
Muito belo e ciclável era o percurso a seguir à Foz de Alge até se atingir a ponte sobre a ribeira de Alge.

Ribeira de Alge
A seguir às fragas de São Simão tive de levar a bike à mão pois o trilho era muito pedregoso.

Aldeia de xisto de Casal de São Simão (arquivo)
O fim do dia estava a aproximar-se. Parei de pedalar às 19H30 e jantei conservas com pão.